domingo, 23 de dezembro de 2012

Uma luta solitária

Como jornalista e boa conversadora acabei contando para muitos amigos essa minha nova empreitada e o mais engraçado, ou triste, é ver que a maioria das pessoas me olha com um certo ar de dó e termina dizendo: "mas vc vai seguir isso?"

Bom, não é que eu tenha muita escolha.

Eu recentemente fiz uma boa matéria sobre os danos causados pelo colesterol e apesar de não entender muito bem sobre os triglicérides, no meu caso eles estão em níveis assustadores, então...

Eu escolho uma nutricionista, pago uma consulta, ela me diz o que fazer e as pessoas consideram que eu não vá fazer? Eu sou mãe de um ser incrível. De um presente de Deus! Não tenho direito de escolher mal, de me deixar ruir, de ter infartos, AVCs, entupimentos arteriais.

Minha melhor amiga já disse que não quer fazer exames porque se estiver como eu, não vai seguir a dieta. Minha própria mãe e irmão me questionaram se eu vou ser corretinha demais e seguir à risca o planejamento. E meu marido está indignado que eu cogite esse tipo de alimentação na época do natal.

Eu só posso dizer que é difícil o suficiente ter que mudar radicalmente. Tenho que me forçar toda refeição a fazer escolhas certas e não cair no "só desta vez" e ao invés de ser parabenizada, sou diminuída.

Mas isso está funcionando a meu favor porque só de birra, só de marrentice, eu bato o pé e digo: "agora que comecei essa joça, não paro mais".

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