Quando fala-se do Rio de Janeiro é preciso tomar cuidado porque algumas críticas enervam até os menos sensíveis ao assunto. É liberado falar da violência que obriga mulheres a saírem de casa sem colares porque são assaltadas em Ipanema. Também não há problema em reclamar da bandidagem e promiscuidade do Funk e da poluição do mar que banha a cidade maravilhosa.
Mas o que eu vi enerva os cariocas. Vi a praia de Ipanema imunda. Cada centímetro da areia tomado por lixo novo e lixo velho. Foi insuportável sentar na areia para brincar com o meu filho e ter que ficar arremessando pás de areia com bichos estranhos para longe. Eles não paravam de sair das profundezas. Bichinhos minúsculos, médios e grandes. Inclusive tivemos um episódio com uma larva.
Para ajudar, na tarde e noite de reveillon um bando de pessoas com crendices estranhas passou a jogar tudo que se pode imaginar no mar em nome de Iemanjá e derivados. Vidros, flores, barcos, panos, copos plásticos com champagne...
É claro que tudo isso foi cuspido de volta para a areia ou na pior dos hipóteses afundou e agora faz parte do cenário da vida marinha fluminense.
(Aproveitando, faço um adendo: ontem fomos ao Planetário. O ar condicionado estava quebrado portanto tivemos a experiência fantástica de como deve ser a temperatura em Mercúrio. E o filme apresentado no teto em cúpula de um dos auditórios era sobre peixes, me levando a pensar que se eu for ao aquário do Rio talvez assista a um filme sobre o Universo.)
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